O movimento nacional ucraniano continuou a desenvolver-se até o
início da Primeira Guerra Mundial. Quando, em março de 1917, eclodiu na Rússia
a revolução que derrubou o governo tzarista, os ucranianos receberam com
simpatia aquele movimento liberal e imediatamente formaram um Conselho Central
Nacional.
Em julho do mesmo ano, o governo provisório reconheceu a Ucrânia
como unidade autônoma dentro do Estado russo. Entretanto, em novembro, a
revolução bolchevista depôs o governo provisório ucraniano. Com o colapso do
Império Austro-Húngaro em 1918, os ucranianos da Galícia imediatamente
proclamaram a independência da República
Nacional da Ucrânia Ocidental, abrangendo os territórios habitados no
extinto império. Movimentos revolucionários agitavam o país nos fins da
Primeira Guerra Mundial e na época do Acordo de Paz.
Em meio a todas estas dificuldades, os nacionalistas ucranianos
trabalharam arduamente para restabelecer os alicerces do seu Estado, fundindo
os dois governos e proclamando em 2 de janeiro de 1919, em Kiev, a unificação
dos dois Estados ucranianos numa só república.
Porém, o governo que
proclamou esta união não teve forças suficientes para manter e proteger o Ato
da Unificação. E em 1923, os territórios ucranianos já estavam divididos entre
URSS e Polônia, o que causou grande êxodo de ucranianos para outros países,
incluindo o Brasil.
Adaptado
de: BORUSZENKO, Oksana. A
imigração ucraniana no Paraná. In: Colonização e Migração. Anais do IX
Simpósio Nacional dos professores universitários de história. São Paulo, 1969.
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