Posição do GT de Ensino de história e Educação (Paraná)
sobre "SUGESTÃO" DE MATRIZ CURRICULAR
Acreditamos que tais medidas, como modo de resolver problemas apresentados com o índice do IDEB, configuram-se na reedição de uma visão reducionista própria dos governos militares das décadas de 70-80 do século passado, que mensura a qualidade de ensino de forma quantitativa, e apenas por determinados conhecimentos de Português e de Matemática. No caso da História (e de Geografia), lembramos a sua substituição pela disciplina de Estudos Sociais no então chamado primeiro grau, fundamentada na mesma premissa generalizante, superficial e desmobilizadora. Reconhecemos a importância das disciplinas de Português e de Matemática para a qualidade de ensino, se pensadas pela perspectiva da formação do cidadão e não concordamos com a visão tecnicista que secundariza as outras disciplinas. Se há a necessidade de ampliar a carga horária das disciplinas de Português e de Matemática, isto não pode ser realizado à custa das outras disciplinas escolares, ou seja, deve-se buscar outros meios para tal empreitada.
Lembrando que as disciplinas escolares que pela Matriz Curricular “sugerida” são abreviadas, − do qual aqui destacamos a História −, são aquelas cujo objetivo é o de formar para a crítica, a cidadania, a ética, a reflexão, que são capacidades necessárias para empreender ações voltadas para a construção de uma realidade mais justa e democrática.
O modelo de Matriz Curricular apresentado pela SEED está em descompasso com as discussões/reflexões recentes travadas por pesquisadores do ensino/aprendizagem de história, bem como em relação às questões do ENEM e dos vestibulares das universidades paranaenses e ainda, em relação às Diretrizes Curriculares da Educação Básica – HISTÓRIA.
Márcia Elisa Teté Ramos
(coordenadora)
Geni Rosa Duarte
(vice-coordenadora)
Fonte: http://www.pr.anpuh.org/
- 13:07
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